Os destróiers terão instalações propulsoras nucleares e nos próximos anos se converterão em elementos-chave que ajudarão a Rússia a manter seu poderio naval nos oceanos, escreve o jornalista Aleksandr Khrolenko no seu artigo para a Sputnik.
Os engenheiros russos querem aumentar as capacidades de combate e o potencial do novo navio, introduzindo no seu desenho diferentes sistemas de nova geração que ajudarão a aumentar sua capacidade de manobra e potência.
Dado que conta com uma instalação de energia nuclear, a autonomia de navegação do Lider será ilimitada, assegura o analista. Graças ao desenho especial do casco, o novo destróier será ainda mais difícil de detectar por outros navios.
Planeja-se que o Lider efetue missões marítimas relacionadas com a proteção de vias de comunicação nos mares e oceanos e possa atacar instalações costeiras com mísseis de cruzeiro de longo alcance, bem como cobrir ações de desembarque. Aleksandr Khrolenko considera que o desenho do Lider supõe irá refletir o conceito de um destróier de nova geração.
De acordo com o especialista, o Lider será um navio universal que poderá substituir três classes de navios ao mesmo tempo — os próprios destróiers, os grandes navios antissubmarino e os cruzadores do projeto 1144 Orlan.
Espera-se que o novo destróier seja menor que os navios do projeto 1144 Orlan, mas melhor equipado e armado.
"Em geral, o Lider garante a firmeza da Marinha russa na esfera da defesa antimíssil e antiaérea em todos os oceanos", disse Polovinkin, citado por Khrolenko.
Quanto a suas armas, o Lider superará muitos cruzadores do século XX e, além disso, será um navio avançado que contará com condições confortáveis para a sua tripulação, assegura o colunista.
É provável que o Lider herde muitas caraterísticas bem-sucedidas do projeto 1144, inclusive seu sistema de defesa antiaérea faseado e seus potentes sistemas de mísseis antissubmarino.
Espera-se que o navio seja equipado com os mísseis Kalibr NK e Oniks, enquanto o sistema de mísseis Prometei será instalado a bordo como arma de longo alcance.
Ao mesmo tempo, os mísseis P-700 Granit, que atualmente se utilizam nos cruzadores do projeto 1144, serão sua arma principal. Além disso, os componentes da versão naval do sistema de artilharia Pantsir defenderão a zona próxima do Lider.
"Sem dúvida, a construção do destróier nuclear universal sairá muito caro à Rússia, mas apenas um pequeno grupo de navios deste tipo permitirá ao país eslavo defender seus interesses e explorar novos recursos nas regiões mais afastadas dos oceanos", concluiu.