Outro planeta do Sistema Solar, Júpiter, é famoso pela sua chamada Grande Mancha Vermelha − um enorme anticiclone atmosférico que corresponde a uma tempestade de grandes dimensões. Até há pouco tempo, este tipo de tempestade era considerado como uma característica distintiva do maior planeta do Sistema Solar.
Molter e o seu colega Imke de Pater descobriram por acaso mais uma tempestade enorme na superfície de Netuno quando testavam os instrumentos do observatório W. M. Keck no Havaí no fim de julho deste ano.
Os cientistas ainda desconhecem a natureza desta tempestade. Segundo os astrônomos de Berkeley, debaixo da mancha luminosa há um vórtice que transfere gás denso de dentro de Netuno para a atmosfera rarefeita do planeta, onde ele se refrigera e transforma em nuvens de metano, enquanto o vórtice mantém as nuvens no seu lugar, não as deixando "escapar" com os ventos poderosos da atmosfera do Netuno.
Entretanto, os cientistas não podem explicar a existência do vórtice. Segundo Pater, os fluxos de gás em vez de subirem devem baixar, o que devia excluir o surgimento das tempestades. Os cientistas esperam que no futuro eles consigam desvendar o mistério.