Segundo divulgaram à agencia Reuters fontes oficiais anônimas nos EUA, além de ser adiada a implementação das sanções, foi suspensa a propagandeada investigação às violações dos direitos de propriedade intelectual pela China, que devia ter sido anunciada na sexta-feira passada pela administração Trump.
Todavia, o especialista do Centro de Estudos da Ásia-Pacífico e da Estratégia Global Wang Jinsheng acredita que essa tese não corresponde aos fatos.
"A China, sendo uma grande potência e presidindo ao Conselho de Segurança da ONU, não pode fazer nada senão implementar as sanções duras contra a Coreia do Norte que realizou testes nucleares violando as resoluções da ONU e ameaçando a segurança nacional da China", assegurou o especialista à Sputnik China.
Mesmo assim, as fontes anônimas da Casa Branca avisaram que a paciência de Washington tem seus limites e prometeram observar atentamente o processo de aplicação das sanções contra Pyongyang.
"Essa suposição é válida, levando em conta a maneira intensa como os EUA estão utilizando a "política da cenoura e do cacete" contra a China. De acordo com o representante permanente da Rússia na ONU Vasily Nebenzya, os EUA discutiram com a China durante bastante tempo o projeto de resolução e quando o submeteram a debate geral, exigiram sem cerimônia que ele fosse aprovado pelos outros países o mais rápido possível. Esse estilo arrogante e prepotente é uma falta de respeito para com os outros membros do Conselho de Segurança da ONU. É uma chantagem descarada."
Não podendo solucionar o problema norte-coreano sozinho, Trump se dirigiu à China, que, por sua vez, não vai resolvê-lo de uma forma que sirva aos americanos, pois isso não corresponde aos seus interesses nacionais. Aliás, Trump havia prometido aos seus eleitores e partidários que tomaria medidas duras no comércio com a China. Daí sua vacilação e passos impulsivos que resultaram no jogo de sanções contra os chineses.