A notícia provavelmente mais importante na visita do ministro vietnamita é que o secretário da Defesa dos EUA, James Mattis, teria prometido enviar um porta-aviões norte-americano a um porto vietnamita. Logo após a visita, o destróier norte-americano USS John S. McCain passou pelas águas do mar do Sul da China, disputadas também pela China.
#SecDef Jim Mattis welcomes #Vietnam's Defense Minister Gen. Ngo Xuan Lich to the #Pentagon. pic.twitter.com/BwWmIiI8ba
— Dana W. White — DoD (@ChiefPentSpox) 8 de agosto de 2017
"Secretário da Defesa, James Mattis, saúda o ministro da Defesa do Vietnã, general Ngo Xuan Lich, na sua chegada ao Pentágono"
Além disso, nos mesmos dias, a mídia vietnamita divulgou rumores estranhos sobre um acordo para fornecimento de 24 aeronaves militares multifunção V-22 Osprey. Mas, esta é pouco provável e provavelmente visa testar a reação do público, opinou o especialista à Sputnik China.
"O Partido Comunista do Vietnã se encontra em uma armadilha — uma reação dura e protestos diplomáticos prejudicam as relações com a China, enquanto uma posição branda e quaisquer cedências prejudicam as relações com a própria população. Enquanto a tensão com a China permanece, o Vietnã é um cliente ideal para os EUA", ressaltou Anton Tsvetov.
Porém, afirma o especialista, as autoridades vietnamitas entendem que na aproximação com os EUA deve haver limites. Ele cita o exemplo das Filipinas e da governação de Benigno Aquino III, que mostra que, se aproximando demais de Washington, o país pode perder as oportunidades econômicas que oferecem as relações com a China.