"A Turquia começou atuando no domínio da liquidação dos grupos radicais ligados à Frente al-Nusra. Nós nos tornamos testemunhas de que a Frente al-Nusra passou a combater a oposição moderada que apoia as negociações em Astana, se tendo reunido com uma série de grupos sob o nome comum de Ahrar al-Sham. Esta situação demonstra que Idlib se tornou um emirado da Al-Qaeda. Nestas condições, muitos países, e nomeadamente os EUA, começaram discutindo o tema das condições para uma intervenção militar em Idlib", comunicou à Sputnik Turquia o analista turco Oytun Orhan.
"A intervenção da Turquia na região é pouco provável. Não há fatos da preparação ou do posicionamento de militares e de material bélico. Hoje em dia, a realização da operação em Idlib é uma iniciativa muito arriscada, porque a área é montanhosa e há uma grande quantidade de militantes ligados à Frente al-Nusra", apontou Oytun Orhan.
Ele também acrescentou a importância da posição russa sobre o assunto. A Rússia e a Turquia estão cooperando na questão do regulamento da situação em Idlib. São delimitados os territórios pacificados, é discutida a questão do controle do cessar-fogo. De acordo com ele, em caso de progresso no assunto, a intervenção da Turquia se vai tornar mais provável, enquanto a Rússia se vai manifestar contra uma intervenção norte-americana.
E, pelo contrário, se a Turquia fracassar nas negociações com a Rússia, os territórios podem cair sob controle da Frente al-Nusra. Nesta situação, a Rússia e os EUA podem discutir iniciativas conjuntas, o que preocupa muito a Turquia.