"Nossas relações com os EUA e a OTAN certamente permanecerão tensas, e não espero que alguma distensão, como aconteceu depois do conflito na Geórgia em 2008, aconteça num futuro próximo. Incidentes militares locais de escala limitada entre a Rússia, EUA e OTAN, ou seus membros individuais, com batalhas e baixas reais", declarou Tebin apresentando seu relatório no âmbito do Clube Valdai.
"Além disso, alguns desses incidentes podem ser intencionais", sublinhou o especialista.
Entretanto, ele destacou que "ambas as partes têm uma chance de resolver pragmaticamente tais conflitos antes que se tornem uma confrontação militar direta ou uma Guerra Fria".
No entanto, o especialista russo indicou que "uma grande guerra entre a Rússia e o Ocidente [a OTAN e os EUA] é pouco provável, pois ninguém quer um apocalipse nuclear".
Ao mesmo tempo, o diretor executivo do Instituto dos EUA e Canadá, Pavel Zolotarev, expressou sua opinião quanto a esse assunto:
"Mesmo que imaginemos que [os EUA] iniciam uma guerra contra a Rússia, eles precisariam de apoio dos seus aliados da OTAN na Europa, o que é irrealista".
Ele explicou seu ponto de vista indicando que os aliados europeus dos EUA estão pouco dispostos a ajudar Washington.
As relações entre ambas as partes têm sido complicadas nos últimos anos, o que foi causado pela linha firme da OTAN para se expandir para a Europa Oriental. Mas a Aliança Atlântica justifica suas pretensões acusando a Rússia em alegadamente interferir no conflito ucraniano.
Moscou, por sua vez, negou retiradamente todas essas acusações.