Kim Jong-un passou a respeitar os EUA?
No entanto, escreve Gevorg Mirzayan, professor do Departamento de Ciências Políticas da Universidade de Finanças do Governo da Rússia, Kim Jong-un mostrou aos americanos o grau de seu "respeito". A Coreia do Norte efetuou manobras em que "conquistou" ilhas sul-coreanas. Para além disso, Pyongyang lançou três mísseis de curto alcance para as águas do mar do Japão (mar do Leste).
De acordo com Mirzayan, muitos analistas estão seguros que a situação na península coreana está sob controle, pois Pyongyang tem uma análise muito boa sobre o mundo ocidental, o que permite compreender onde estão as linhas vermelhas que não podem ser ultrapassadas.
Vivam com medo
Por isso, destaca o cientista político, os EUA não podem simplesmente voltar à estratégia de paciência estratégica começada no governo de Obama. Começa a era da impaciência estratégica. A administração dos EUA tem que empreender passos ativos para resolver a crise norte-coreana, e claro que não se trata de passos militares, frisa Mirzayan.
Não tem de gritar, tem de falar
A Rússia e China estavam contra a pressão sobre a Coreia do Norte, mas devido ao comportamento de Kim Jong-un foram obrigadas a aprovar as sanções do Conselho de Segurança da ONU, mesmo considerando essas medidas como ineficazes.
Mas os EUA acreditam que para contornar as sanções Pyongyang está usando empresas em Singapura, para além disso, Washington está implementando seu próprio pacote de sanções, essas medidas punem empresas chinesas que têm laços comerciais com a Coreia do Norte.
Por isso, continua Mirzayan, a Trump é proposta uma variante mais eficaz, que é o diálogo direto com a Coreia do Norte, sem nenhumas condições prévias, negociações apenas sobre os mísseis e armas nucleares. Será que Trump, ou melhor, o Congresso, está preparado para o diálogo com um país liderado por um "maníaco", um país em que "não pode se acreditar"? É uma questão retórica, resumiu o cientista político.