Uma série agendada de exercícios militares chamada Zapad 2017, obteve a atenção concentrada OTAN, que sugeriu manobras semelhantes do Ocidente para coincidir com os exercícios de setembro. O sinal verde para tal poderia criar uma situação perigosa envolvendo possíveis erros de cálculo militares, de acordo com Military.com.
"Nós estaremos assistindo aos exercícios dos outros", disse o analista de segurança da Rede de Liderança Europeia Lukasz Kulesa, acrescentando: "então há sempre o risco de um incidente ou acidente".
A inteligência da OTAN afirma que a Rússia posicionará uma presença militar maciça no Báltico, motivo pelo qual o seu exercício Rapid Trident foi agendado para setembro de modo a coincidir com os do Kremlin.
Os exercícios do Exército dos EUA de setembro terão lugar principalmente no oeste da Ucrânia, e cerca de 10 nações participarão, enquanto que, nos Balcãs, outras brigadas da OTAN realizarão exercícios simultâneos e monitorarão movimentos russos.
O movimento da OTAN para implementar exercícios militares generalizados em todo os Balcãs resultou em pedidos crescentes de calma na região.
"É uma grande mudança desde 2009, 2010", reconheceu o ex-presidente da Estônia, Toomas Ilves, sobre a presença reforçada da OTAN, acrescentando que, anteriormente, "os aliados da OTAN estavam pressionando a não ter planos de contingência para os Balcãs e muito menos a presença de tropas".
O Kremlin sempre afirmou que os exercícios do exército russo foram planejados há muito tempo, ocorrem regularmente e fazem parte dos programas ordinários de treinamento e preparação da força militar russa.
"Eu só posso recomendar a liderança [da OTAN] evitar qualquer provocação durante o exercício", acrescentou Klintsevich.