O problema principal, segundo Yurov, está ligado ao desenvolvimento de mísseis de cruzeiro ar-terra de longo alcance e alta precisão. Os mísseis de cruzeiro AGM-129 ACM foram retirados do serviço em 2007 devido ao incumprimento dos requisitos modernos de guerra contra o sistema de defesa antiaérea escalonada.
Atualmente, os únicos mísseis de cruzeiro modernos para aviões dos EUA são os AGM-158 JASSM, que possuem um raio de ação máximo de entre 300 e 900 km.
Por essa razão, em agosto de 2017, as corporações estadunidenses Lockheed Martin e Raytheon receberam US$ 900 milhões (R$ 2,846 bilhões) para o desenvolvimento de um novo míssil de cruzeiro.
Neste contexto, o autor cita o analista estadunidense, Michael Kofman, que está seguro que o novo míssil de cruzeiro "recebeu luz verde" devido a uns testes bem-sucedidos dos Kh-101 russos na Síria.
Yurov destacou que a Rússia já dispõe de um míssil de cruzeiro com mais de 4.500 km de alcance, enquanto as empresas estadunidenses apenas levaram a cabo o processo inicial de criação de uma arma similar. Os especialistas explicam que o desenvolvimento, testes e compra de 1.000 unidades destes mísseis poderá levar vários anos.
Nessa situação, a Rússia conseguirá modernizar seus próprios mísseis, mais uma vez deixando os EUA para trás.
Tudo isso permite à Rússia estar um passo à frente de seus adversários potenciais quanto à aviação estratégica.
Por esta razão, a tarefa complicadíssima colocada hoje às maiores empresas industriais e militares dos EUA, do ponto de visto técnico, será "criar um míssil como o que têm os russos", conclui.