Para favorecer seu parceiro transatlântico, os vizinhos mais próximos podem aproveitar da crise de poder na Moldávia, onde o conflito entre o governo e o presidente não para.
Basta lembrar a recente instalação de postos de controle da Ucrânia e Moldávia na fronteira com a Transnístria. Naquela altura, o presidente ucraniano prometeu que podia eliminar a Transnístria e fazer retirar as tropas russas. Contudo, ninguém levou a sério as palavras dele. Contudo, a linha política quanto a este assunto foi anunciada.
Como passo seguinte, o parlamento, e mais tarde o governo moldavo, solicitaram à Assembleia Geral da ONU que as tropas russas fossem retiradas da Transnístria. Contudo, eles não têm nada contra a presença de militares norte-americanas que, a propósito, tencionam construir oito novas infraestruturas militares na base militar perto da vila moldava de Bulboaca.
Seguidamente, também o oligarca apelidado o "dono da Moldávia", Vladimir Plahotniuc, se expressou à favor do rompimento unilateral do acordo russo-moldavo sobre a presença de forças de manutenção da paz na Transnístria.
Quem e por que precisou abrir uma velha ferida e acender um novo conflito na Transnístria? Pois o rompimento do acordo de paz equivale a uma declaração de guerra.
As declarações e protestos do presidente moldavo em exercício, Igor Dodon, não serão levados em conta, já que tudo será resolvido sem a participação dele. As competências do governo e do parlamento lhes permitem tomar decisões e ignorar a opinião do presidente. A sociedade ficou dividida e o confronto é entendido como uma coisa normal. Essa situação é aceitável para o cidadão comum, para quem têm mais importância os problemas do desemprego e corrupção.
O único jeito de colocar um ponto final nesta disputa será a realização na Moldávia das eleições parlamentares, que devem ter lugar daqui a pouco mais de um ano.
A Transnístria aguentará e sobreviverá aos novos desafios, a República já passou por abalos até mais graves. Ela tem potencial, tanto econômico como militar, para encarar o futuro com confiança.