Cerca de oitenta por cento das mulheres veteranas sem-teto são diagnosticadas com sérias perturbações mentais, especialmente com transtorno de stress pós-traumático. A doença mental dificulta a reintegração das ex-militares na sociedade, aumentando o risco de ficar sem-abrigo. Mais do que isso, uma em cada cinco mulheres relatou que tinha sofrido abuso sexual durante seu serviço nas forças armadas.
Ela disse que serviu no Exército apenas um ano, mas durante esse período teve quatro incidentes de abuso sexual. O último foi com um militar com quem ela servia, por isso ela não teve possibilidade de escapar.
Giordano foi advertida para não relatar o assunto ao seu comandante. Ela enfrentou retaliação, acabou sendo punida pelo que aconteceu e foi finalmente demitida.
Citando o recente relatório do Pentágono, a NCHV revelou que a taxa de ataques sexuais contra as mulheres entre os militares aumentou 64 por cento desde 2006. A maioria das mulheres opta por não reportar o abuso com medo de ser ostracizada pelos colegas.
"É muito difícil porque a maioria dos autores dos abusos são pessoas com quem você trabalha. Eles são pessoas às quais você, como foi dito, poderia confiar a sua vida. Então, isso dificulta a situação. Claro que você pode fazer o seu melhor para tentar evitá-la [a violência sexual ], mas é quase impossível", explicou ela.
"Estes casos devem ser retirados da cadeia de comando. Você deve informar a sua cadeia de comando, seu supervisor imediato. Em algum momento durante este processo, seu comandante pode dizer que está mentindo e você acaba sendo julgada em vez do seu agressor", disse ela.
Uma pesquisa anônima, no entanto, revelou que 14.900 militares experimentaram algum tipo de agressão sexual em 2016, em comparação com 20.300 em 2014.