Embora o governo israelense nunca tenha admitido possuir armas nucleares, alega-se que o país tem em seu arsenal pelo menos 100 ogivas nucleares.
Tecnicamente isso pode levar a vários problemas diplomáticos com Washington porque, antes da compra dos aviões norte-americanos A-4 Skyhawk e F-4 Phantom, Tel Aviv prometeu não utilizar os aviões produzidos nos EUA para transportar suas armas nucleares.
Entretanto, os especialistas militares Hans M. Kristensen e Robert S. Norris consideram que os caças F-15 e F-16 da Força Aérea do Israel são aptos para transportar ogivas nucleares.
Apesar de os F-35 serem tecnicamente mais complexos do que os F-16, há poucas razões para duvidar de que a avançada indústria militar de Israel não seja capaz de converter caças de quinta geração em portadores de armas nucleares, sublinhou ele.
A empresa Lockheed Martin, que atualmente está vendendo os caças F-35 para os aliados dos EUA, proíbe alterações não autorizadas nos aviões ou exige que todos os trabalhos relacionados à reparação dos caças sejam realizados em instalações norte-americanas.
"Embora qualquer outro operador dos F-35 esteja proibido de fazer alterações sem a permissão dos EUA, a Israel é permitido instalar seu próprio software e sistemas de armas, além de realizar sua própria manutenção", explicou o especialista.
Uma vez que Tel Aviv pode alterar os F-35 para transportarem armas específicas israelenses, "sua indústria de defesa poderá equipar alguns deles com bombas nucleares", conclui.