Na semana passada, o jornal norte-americano The National Interest anunciou sobre a existência de um "Plano Operacional 5015" segundo o qual Washington e Seul devem eliminar o líder norte-coreano no seu bunker através de um ataque preventivo com uma bomba de alta precisão, antes de paralisar o sistema de controle do exército norte-coreano por meio uma arma de alta precisão, informa o Komsomolskaya Pravda.
O pai da dinastia, Kim Il-sung, se preocupava muito com a ameaça da sua eliminação, nomeadamente durante a guerra contra a agressão japonesa na China, à qual o futuro líder norte-coreano resistia ativamente na Manchúria. Naquela época os japoneses organizaram a caça ao futuro líder norte-coreano apelando para os prisioneiros da sua unidade e prometendo-lhes perdão.
Kim Il-sung tinha vários guarda-costas, um dos quais era, segundo os rumores, a sua segunda esposa a mãe de Kim Jing-il, Kim Jong-suk.
A propaganda oficial ainda evoca um episódio quando Kim Jong-suk protegeu o futuro líder com o próprio corpo durante um ataque de um soldado japonês.
Um cidadão da Sibéria salvou Kim Il-sung
Foi um cidadão russo da Sibéria, Yakov Novitchenko, responsável pela segurança da manifestação, que impediu a morte do líder pegando a granada e a cobrindo com o próprio corpo. Novitchenko perdeu um braço e foi desmobilizado mas recebeu a condecoração de Herói da Coreia do Norte.
Os kamikazes de Silmido
Após a guerra da Coreia, Kim Il-sung enfrentou o risco de ser eliminado por agentes sul-coreanos, controlados pelos EUA.
O fim dos anos sessenta foi o período mais perigoso para o secretário-geral. Seul, que queria se vingar pelo ataque à Casa Azul (residência do presidente sul-coreano Park Chung-hee em janeiro de 1968) decidiu responder à Coreia do Norte de forma semelhante.
Foi formada a unidade especial Unit 684, composta por 31 homens, que treinavam duramente na ilha de Silmido e tinham como tarefa eliminar Kim Il-sung.
No entanto, o próprio comando da unidade especial considerava essa missão impossível, mas escondia-o dos subordinados. Por razões desconhecidas, a operação foi cancelada.
Os planos de Seul foram alterados, mas não os planos da unidade. Em agosto de 1971 os soldados se amotinaram e mataram 18 guardas para capturar os navios e alcançar o maior porto da Coreia, Icheon. Os atacantes roubaram dois ônibus e se dirigiram para a capital a fim de castigar os antigos chefes que, segundo eles, haviam destruído as suas vidas. Os militares sul-coreanos eliminaram a maioria dos revoltosos, os quatro sobreviventes foram condenados à pena capital.
Revolta dos oficiais
As tentativas mais reais e, ao mesmo tempo, mais míticas de eliminação da dinastia Kim foram empreendidas durante a entrega do poder de Kim Il-sung para o seu filho Kim Jong-il, nos anos noventa.
Uma outra história misteriosa esteve ligada com a fome terrível dos anos noventa, quando milhares de pessoas faleceram na Coreia do Norte. Em 1995 os oficiais das forças terrestres de Chongjin tentaram organizar uma revolta contra Kim Jong-il, mas as autoridades sabiam das suas intenções.
100 mil dólares para subornar cúmplices
Na sequência disso, recentemente Pyongyang informou ter capturado um recrutado norte-coreano que trabalhava para a CIA e a inteligência sul-coreana. Ele havia recebido um rádio, 20 mil dólares em dinheiro de bolso e mais 100 mil para recrutar cúmplices na Coreia do Norte.
De acordo com o plano, este oficial devia eliminar Kim Jong-un com um explosivo durante um evento importante. As autoridades norte-coreanas anunciaram a detenção do oficial recrutado.