'Não podemos ignorar': Londres pede à OTAN para responder à influência da Rússia no Ártico

© Foto / Ministério da Defesa da Rússia A base militar "Trifólio Ártico" foi construída nas ilhas Alexandre (um conjunto de pequenas ilhas desabitadas da Terra de Francisco José, no Ártico Russo)
A base militar Trifólio Ártico foi construída nas ilhas Alexandre (um conjunto de pequenas ilhas desabitadas da Terra de Francisco José, no Ártico Russo) - Sputnik Brasil
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Os especialistas do centro de análise britânico Sociedade Henry Jackson, dependente da Universidade de Cambridge,concluíram que os países do bloco ocidental não têm capacidade para responder à Rússia em seus litígios pelo controle do Ártico.

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Após o colapso da União Soviética, a Rússia diminuiu consideravelmente sua presença na sua costa norte e até abandonou suas bases em Tiksi, Vorkuta, Anadir e Nova Zembla. No entanto, nos últimos anos, Moscou se dedicou à retomada das suas posições no extremo norte da Rússia.

Rica em recursos naturais, mas com um clima severo, esta região esteve até agora fora da atenção das potências principais. Mas essa tendência parece estar mudando. Para defender seus interesses, proteger seus recursos naturais e desenvolver a rota marítima do norte, Moscou adotou uma série de medidas, incluindo medidas militares.

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Os cientistas políticos britânicos dedicaram à atividade da Rússia no Ártico um relatório no qual pedem aos países do bloco ocidental para prestarem mais atenção às ações de Moscou na região.

O documento apela ao governo do Reino Unido para encorajar a OTAN a adotar uma "estratégia ártica" que reflita uma posição consolidada da organização sobre "desafios para a segurança regional".

"Na última década, a Rússia alargou suas capacidades militares no Ártico a uma escala maior do que qualquer outra coisa que o Ocidente tenha feito no mesmo período", diz o coautor do relatório, Andrew Foxall.

Os esforços da Rússia para proteger sua área no Ártico provocaram preocupação, até mesmo no Parlamento britânico.

"Já não podemos ignorar a crescente presença militar da Rússia no Ártico. À medida que o gelo derrete e novas oportunidades comerciais surgem na região, o Reino Unido e seus aliados devem fazer mais para garantir que o Ártico permaneça estável e pacífico", declarou o parlamentar James Gray, membro do Comitê Especial de Defesa da Câmara dos Comuns.

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Até hoje, a Rússia tem uma vantagem importante em relação a outras nações da região: seu próprio sistema de navegação por satélite, chamado Glonass. No Ártico, o sistema russo é muito mais preciso do que o GPS norte-americano, que tem uma margem de erro de até 800 metros.

"A rota marítima de norte é muito complexa para a navegação. Tem uma situação complicada de gelos em constante mudança, bancos de areia… Portanto, essa margem de erro é muito séria", explica à Sputnik o diretor da publicação militar OPP Victor Nikolaev.

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