Opinião: nova resolução da ONU dificilmente ajudará a resolver situação norte-coreana

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Segundo o vice-diretor do Instituto de Estudos Orientais da Academia de Ciências da Rússia, Dmitry Mosyakov, a nova resolução do Conselho de Segurança da ONU dificilmente pode fazer com que Pyongyang abandone seu programa nuclear.

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O Conselho de Segurança da ONU introduziu por unanimidade novas sanções contra a Coreia do Norte, o que restringe significativamente a prática de exportação e importação de Pyongyang. A resolução 2375 estabeleceu o regime de sanções da ONU mais severo do século XXI. De acordo com o documento, são limitadas as exportações de produtos petrolíferos e petróleo bruto à Coreia do Norte. Além do mais, Pyongyang não poderá mais vender seus produtos de tecelagem. Todos os países não podem dar permissão de trabalho para norte-coreanos. 

"Pode ser tomada uma quantidade enorme de resoluções, mas isso não quer dizer que elas darão algum retorno sério", disse Mosyakov em entrevista à Sputnik.

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De acordo com o especialista, "a Coreia do Norte já demonstrou que qualquer que sejam as medidas, o país é um Estado tão autossuficiente e com regime tão severo que as sanções parecem balas que acertam a parede e se distanciam".

Mosyakov frisou que o único caminho para regularizar a situação em torno da Coreia do Norte trata-se do proposto pela Rússia e China.

Anteriormente, a Rússia e China ofereceram a ideia de congelamento duplo, implicando a suspensão simultânea do programa de armas nucleares e de mísseis da Coreia do Norte e dos exercícios militares conjuntos da Coreia do Sul e dos EUA.

Em 3 de setembro, a Coreia do Norte declarou ter realizado um teste bem-sucedido de uma bomba de hidrogênio destinada aos mísseis balísticos intercontinentais, sendo este o sexto teste nuclear do país. 

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