De acordo com o presidente do Banco Central do Irã, Valiollah Seif, a empresa de investimento estatal chinesa CITIC abriu uma linha de crédito de US$ 10 bilhões para bancos iranianos com objetivo de financiar projetos de infraestrutura no país, de acordo com Times of Israel.
A volumosa linha de crédito será operada em euros e yuans, para contornar as sanções norte-americanas.
Valiollah Seif acredita que os US$ 10 bilhões, que se juntam a outros US$ 15 bilhões adicionais de investimentos chineses, previamente aprovados em outros projetos não identificados no país, demonstram "uma forte vontade de continuar a cooperação entre os dois países".
A China está buscando ampliar as relações comerciais com toda a região, no âmbito do seu ambicioso projeto da Nova Rota da Seda (One Belt, One Road). Pequim tem investido muitos bilhões de dólares para aprofundar os laços com a África e a Europa. Além disso, China é o maior beneficiário do petróleo iraniano, e representa quase um terço do comércio externo de Teerã.
Apesar das instituições financeiras ocidentais continuarem cautelosas, particularmente em função das sanções de Washington, que muitas consideram desnecessárias, as negociações do governo iraniano progridem com bancos na Áustria, Dinamarca e Alemanha para fornecer uma linha de crédito de US$ 22 bilhões para o Irã.
Se continuar assim, as sanções norte-americanas, a longo prazo, podem se revelar um tiro no pé.