De acordo com o economista Roberto Fendt, secretário executivo do Conselho Empresarial Brasil-China, o Estado brasileiro não é capaz de manter taxas elevadas de investimento, o que justifica a necessidade de se buscar auxílio tanto do setor privado interno quanto de parceiros estrangeiros.
No caso chinês, especificamente, o especialista explica que as oportunidades de investimento em certas áreas na China já estão praticamente esgotadas, levando o país a buscar outros lugares para aplicar o seu capital. E o Brasil, segundo ele, é visto como um mercado seguro.
"Eles estão à cata de empresas rentáveis fora da China. E as oportunidades de investimentos rentáveis no Brasil são melhores do que em outros países. É um raciocínio econômico básico", disse Fendt. "É uma situação muito confortável. É bom pra eles e é bom para a gente".
Para o economista, a participação do capital estrangeiro em áreas estratégicas da economia brasileira não representa qualquer risco ao Estado. Ele acredita que quanto maior o investimento, melhor será para o Brasil.
"O único risco é o de que seja pouco o investimento. A infraestrutura brasileira está toda depreciada", opinou.