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Brasil-China: economista descarta possíveis riscos provocados por capital estrangeiro

© Foto / Píer Mauá / DivulgaçãoPorto do Rio de Janeiro
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Empresários brasileiros participam de uma expedição pela Ásia em busca de investimentos bilionários para o setor de infraestrutura, principalmente na área de portos.

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Uma delegação liderada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) está completando uma missão por Xangai, Hong-Kong e Singapura a fim de conseguir cerca de US$ 2,5 bilhões, destinados principalmente a projetos de investimento em portos do Ceará, Maranhão, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Pará, Paraná, Amapá e São Paulo. Atualmente, cerca de 90% das exportações brasileiras são escoadas pelos portos, movimentando 1 bilhão de toneladas por ano. A expectativa é de que em 2 décadas essa quantidade dobre. Poderia a participação estrangeira nesse setor estratégico afetar a soberania nacional?

De acordo com o economista Roberto Fendt, secretário executivo do Conselho Empresarial Brasil-China, o Estado brasileiro não é capaz de manter taxas elevadas de investimento, o que justifica a necessidade de se buscar auxílio tanto do setor privado interno quanto de parceiros estrangeiros.

No caso chinês, especificamente, o especialista explica que as oportunidades de investimento em certas áreas na China já estão praticamente esgotadas, levando o país a buscar outros lugares para aplicar o seu capital. E o Brasil, segundo ele, é visto como um mercado seguro.

"Eles estão à cata de empresas rentáveis fora da China. E as oportunidades de investimentos rentáveis no Brasil são melhores do que em outros países. É um raciocínio econômico básico", disse Fendt. "É uma situação muito confortável. É bom pra eles e é bom para a gente". 

Para o economista, a participação do capital estrangeiro em áreas estratégicas da economia brasileira não representa qualquer risco ao Estado. Ele acredita que quanto maior o investimento, melhor será para o Brasil. 

"O único risco é o de que seja pouco o investimento. A infraestrutura brasileira está toda depreciada", opinou. 

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