Nesta segunda-feira (25), foi informado que a Turquia tinha bloqueado o acesso ao país no norte do Iraque através do posto fronteiriço de Khabur. Ancara assegurou que tomará "todas as medidas" em conformidade com o direito internacional, caso o referendo curdo ponha em perigo sua segurança nacional, informa o RT.
As forças do Curdistão iraquiano da peshmerga, por sua vez, declararam estar prontas para repelir qualquer ataque contra o Curdistão iraquiano, segundo o general curdo, Sirvan Barzani.
"A meu ver, as forças peshmerga, sem dúvidas, estão prontas para combater. Conseguimos lutar com o exército iraquiano, que contava com um milhão de pessoas — o mais forte exército da região no momento — apenas com AK-47 nas mãos. Claro que estamos prontos para repelir [um ataque] venha o que vier", disse o comandante.
No entanto, o general acredita que os países vizinhos não vão realizar intervenção militar.
Além disso, Sirvan Barzani agradeceu a Rússia pelo posicionamento respeitoso em relação ao referendo e supôs que caso o Curdistão seja proclamado independente, há possibilidade do exército ser equipado com armas russas.
Sirvan Barzani é sobrinho do presidente do Curdistão iraquiano, Masoud Barzani. Ele comanda a unidade de elite das forças peshmerga, Black Tiger. Foram os seus destacamentos que realizaram os primeiros ataques bem-sucedidos contra os militantes do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia), fazendo com que saíssem da cidade de Mossul (Iraque).
O Curdistão iraquiano realiza hoje (25) um referendo sobre a sua independência, um passo que foi criticado tanto por Bagdá quanto a nível internacional, principalmente pelos EUA, Turquia e Irã.