"Ela [a votação] não terá consequências jurídicas graves, nem consequências institucionais, a Catalunha não se tornará independente", afirmou o especialista durante uma mesa redonda organizada pela Sputnik.
Por sua vez, a especialista em ciências políticas Irina Prokhorenko, professora do Instituto de Economia Mundial e Relações Internacionais junto da Academia das Ciências Russa, assinalou que o fato de o referendo contradizer a Constituição da Espanha é apenas uma parte do problema. De acordo com ela, a votação agendada para o próximo domingo não respeita outras leis referentes à Catalunha.
"Não está em conformidade com a principal lei a seguir à Constituição, que define o estatuto da Catalunha. Se analisarmos o procedimento de votação [no Parlamento da Catalunha] quanto ao referendo, até nessa ocasião os termos do estatuto foram violados, quando a votação foi realizada por maioria simples e não por dois terços, e foi afirmado que não haveria necessidade de quórum. Além disso, há muitos outros motivos", explicou ela durante a mesa redonda.
De acordo com uma pesquisa de opinião, a independência da Catalunha é apoiada por 41% dos cidadãos da autonomia, 49% se opõem. A favor da realização do referendo se expressaram 80% dos catalães, contudo a maioria deles acredita que a votação deve ser acordada com o governo central do país.