Na opinião de Hossein Sheikholislam, a ideia da independência do Curdistão iraquiano foi lançada por Israel, que "quer alcançar a desintegração de vários países através de sua fragmentação a nível nacional".
"Este plano determina que uma parte dos territórios no Oriente Médio devem ser entregues aos marrons [africanos que escaparam da escravidão nas Américas] e aos drusos [comunidade religiosa autônoma, a maioria vive no Oriente Médio]. Um dos primeiros passos para implementar este plano foi o referendo da independência no Curdistão iraquiano", disse Hossein Sheikholislam.
Quanto ao presidente do Curdistão iraquiano, Masoud Barzani, é muito provável que ele seja apoiado por Israel, de acordo com o diplomata.
"Israel está fazendo os possíveis para acelerar as tensões na região, e agora, quando o combate ao Daesh está quase terminado, Tel Aviv quer jogar a "carta nacionalista" para criar novos conflitos e desestabilização", sublinhou o interlocutor da Sputnik Persa.
Ele reiterou que o referendo foi apoiado por Israel e corresponde aos seus interesses geopolíticos na região. O diplomata também advertiu contra as consequências do referendo.
"Isso tem a ver com todos os países vizinhos e, levando em consideração o que aconteceu, o Irã, a Síria, o Iraque e a Turquia devem unir seus esforços para prevenir o separatismo étnico e as tentativas de dividir o Oriente Médio", concluiu.
Na semana passada, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que seu país não está ligado ao referendo no Curdistão iraquiano, mas que se solidariza com o impulso de independência dos curdos.
O referendo sobre a independência decorreu no Curdistão iraquiano em 25 de setembro.
Segundo os resultados oficiais da Comissão Independente de Eleições e Referendo do Curdistão, 92.7 % dos votantes se expressaram a favor da independência do Curdistão iraquiano.
O referendo tem sido duramente criticado não apenas pelo Iraque, mas também por outros países, incluindo o Irã e os EUA.