3 maiores êxitos da Rússia que mudaram completamente situação militar na Síria

© Sputnik / Ministério da Defesa da Rússia / Acessar o banco de imagensO aeronave da Força Aerospacial da Rússia na base aérea em Hmeymim, Síria
O aeronave da Força Aerospacial da Rússia na base aérea em Hmeymim, Síria - Sputnik Brasil
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No dia 30 de setembro se completaram dois anos desde o desenrolo da operação militar russa na Síria a pedido do presidente sírio Bashar Assad. O especialista em relações internacionais francês Xavier Moreau descreveu à Rádio Sputnik as três grandes vitórias da Rússia que mudaram por completo a situação militar no terreno.

"Se vocês se lembram, dois anos atrás todos pensavam que Bashar Assad, e não só ele, mas a Síria inteira, ia cair no caos porque no oeste a Síria estava sendo atacada pela Al-Qaeda e no leste pelo Daesh", explicou Moreau. Ele disse que isso poderia ter acontecido se não fosse a Rússia e a sua campanha militar bem-sucedida: "Em dois anos isso mudou radicalmente a situação. Ela lançou o processo de paz que agora parece se tornar cada vez mais efetivo", disse Moreau à Sputnik International.

Ele continuou falando sobre as vitórias militares mais significantes da Rússia, na visão dele.

A primeira vitória da Rússia aconteceu quando a Força Aeroespacial da Rússia cortou o fluxo de óleo e dinheiro através da fronteira síria. A segunda teve lugar em Aleppo e a terceira ocorreu em Deir ez-Zor, disse ele, adicionando que Deir ez-Zor parece ser o fim do Daesh na Síria.

Ele também nomeou as negociações de paz em Astana como um dos êxitos diplomáticos da Rússia.

"Claro que é importante ganhar a guerra, mas é igualmente importante organizar a vida no pós-guerra da Síria", pensa ele.

Os EUA têm que parar de apoiar os radicais na Síria

Xavier Moreau também comparou os alcances da Rússia e dos EUA no país do Médio Oriente, chamando Moscou de "especialista em planejamento". A sua operação militar foi muito bem organizada desde o início, talvez mesmo 6-8 meses antes do lançamento da campanha, o que também incluiu o processo político. Pelo contrário, os EUA estão envolvidos em diferentes atividades militares por todo o mundo sem plano algum, sem saber o que vão fazer depois e sem saber quem são as principais forças no terreno.

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É por isso que, segunda o analista, as campanhas dos EUA resultam em caos, enquanto as da Rússia resultem em ordem. Os outros países envolvidos na campanha, tais como a França e Reino Unido, não têm outra opção senão reconhecer o sucesso da Rússia. As forças que estes países estavam apoiando na Síria se descreditaram completamente a si próprias e agora não decidem nada e já não têm sequer importância, nem política, nem militar.

É por isso que, continuou dizendo, a primeira coisa que os EUA devem fazer é abandonar as forças radicais que eles têm apoiado. Isso não só se refere à Al-Qaeda, que, na opinião dele, foi em tempo organizada pelas forças especiais ocidentais no oeste e em Aleppo, mas também à atividade semelhante do Daesh no leste, em Deir ez-Zor. Os EUA devem parar de criar esse falso estado, esse projeto curdo, que somente levará a uma nova fase da crise, não só na Síria, mas também no Iraque, Irã e Turquia, disse o analista.

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Se os EUA não interferissem mais, a crise podia ser completamente resolvida dentro de 6 meses, opina Xavier Moreau. A última zona perigosa ocupada pelos radicais é Idlib, notou ele. Se o Ocidente deixar de apoiar estes terroristas, vai levar no máximo um ano para resolver tudo nesse país devastado pela guerra.

Durante dois anos, o exército sírio, com o apoio da Força Aeroespacial da Rússia, conseguiu libertar uma grande parte do país dos terroristas.

De acordo com as avaliações recentes do Ministério da Defesa russo, a Força Aeroespacial da Rússia destruiu quase uma centena de milhar de alvos terroristas desde o início da operação.
Nos princípios de setembro, as forças conjuntas romperam o cerco de três anos da cidade de Deir ez-Zor.

Mais ainda, a Rússia, Turquia e Irã finalmente acordaram as quatro zonas de desescalada na Síria durante as negociações em Astana, Cazaquistão.

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