Guam pede ao Pentágono para interromper construções militares por escassez de mão de obra

© REUTERS / Major Jeff Landis,USMC (Ret.)/Naval Base Guam/Handout/File PhotoBase militar dos EUA, Guam
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Na sexta-feira passada (29), o governador da ilha norte-americana de Guam apelou ao Departamento de Defesa do país para interromper construção militar na região, mencionando escassez severa de trabalhadores estrangeiros qualificados.

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Poucos anos atrás, Guam contava com mais de 1.000 trabalhadores estrangeiros. Contudo, depois de funcionários federais de imigração iniciarem a negar vistos H-2B para mão de obra estrangeira a empresários de Guam, o número diminuiu para menos de 100.

A escassez afetou de forma negativa a viabilidade e custo de projetos de construção tanto militares quanto civis, impulsionando o início de abertura de processos por empresas locais em 2016 devido às negações.

De acordo com o governador de Guam, Eddie Calvo, a ilha já não tem mais capacidade de prover construções militares. A autoridade pediu para que as diretrizes sejam reavaliadas pelo Pentágono, bem como que as construções sejam interrompidas até resolução da situação e aprovação dos vistos H-2B.

Agentes federais negam vistos desde a época do governo de Brack Obama; a política de negação de vistos continua na administração do atual presidente dos EUA, Donald Trump.

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"Infelizmente, a negação de H-2B, que foi iniciada pela burocracia da administração de Barack Obama, continua sendo realizada", assinalou Calvo, citado pela edição Pacific Daily News.

"Assim, esta prática não apenas impede o desenvolvimento da economia da ilha, mas, em minha opinião, põe a segurança e a população da ilha em risco."

Apesar de Calvo ter apelado ao Departamento do Trabalho, da Defesa e da Segurança Interna dos Estados Unidos e ao Serviço de Cidadania e Imigração, indicando exorbitantes custos e poucas propostas para construção, causados pela falta de trabalhadores estrangeiros, até então nenhuma resolução foi encontrada. 

"Trata-se de uma ameaça clara e evidente à segurança e à saúde dos residentes de Guam", alarmou Calvo.

Na semana passada, a Câmara Legislativa de Guam aprovou resolução para suspender construção de um campo de treino de fogo real na base Andersen da Força Aérea dos EUA. 

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