Em particular, os analistas referem o "medo indubitável da Rússia perante a supremacia tecnológica do Ocidente e a sua supremacia aérea", escreve o The New York Times.
As recentes manobras Zapad 2017 mostraram que o exército russo reforçou significativamente a sua capacidade militar e possibilidades de realizar missões militares de grande escala com a utilização de veículos aéreos não tripulados e outras novidades técnicas, informam representantes oficiais dos EUA e da OTAN.
Analistas militares da OTAN apontam que, durante as manobras, foram utilizadas tecnologias avançadas e a informação integrada.
"Estes são elementos muito importantes, cujo treinamento é necessário na etapa inicial de guerra, quando o tempo e a distância significam muito. Neste período vai ganhar aquele que agir mais rapidamente. Estas manobras mostraram claramente que a Rússia continua desenvolvendo a tática de combate combinado, mantendo a cooperação entre os vários tipos de tropas", refere o analista militar Michael Kofman, citado pelo The New York Times.
"Foi prestada grande atenção à contenção de um ataque aeroespacial norte-americano, liquidação de mísseis de cruzeiro, defesa de navios dos ataques de mísseis inimigos e a camuflagem das tropas durante a marcha para evitar perdas. O medo da Rússia perante a superioridade tecnológica do Ocidente e perante a sua supremacia aérea é absolutamente evidente", precisou Kofman.
Lori Robinson, general norte-americana, afirmou na semana passada em coletiva de imprensa em Washington que a "Rússia pode ameaçar as nossas instalações a uma distância inédita para nós". De acordo com o The New York Times ela tinha em vista os mísseis de médio e longo alcance.