"Encontramos 23 unidades de arma de fogo [no hotel] Mandalay Bay e mais 19 em sua casa em Mesquite [estado de Nevada]", afirmou o representante da polícia.
Até agora, a polícia considera Stephen Paddock de 64 anos o único suspeito e acredita que ele tenha agido sozinho. "Sabemos que na mídia e nas redes sociais há muitos rumores [quanto ao incidente], mas não possuímos informações que confirmariam rumores", acrescentou o agente federal.
Paddock começou a atirar na multidão que estava em um festival de música country, em Las Vegas, perto do hotel-cassino Mandalay Bay, onde estava hospedado. O atirador se posicionou no 32º andar do hotel. No momento escolhido por ele, dezenas de milhares de pessoas assistiam ao show em praça pública. Pelo número de vítimas, o incidente se tornou o tiroteio mais grave de toda a história dos EUA.
"Tudo indica que a discussão quanto à posse e ao porte de armas de fogo será enrolada. Contudo, infelizmente, é muito provável que esta situação perca seu fôlego, pois a modificação destas normas trariam muitos riscos políticos. Seria até mais complicado do que mudar, por exemplo, o sistema de saúde pública. Nem [o presidente norte-americano, Donald] Trump nem congressistas, até mesmo democratas, não tomariam decisão perante as eleições [no congresso] de 2018 de exigir mudança das regras", acredita Grigory Yarygin.
"Os Estados Unidos precisam introduzir mudanças conceituais no que diz respeito a armas. A emenda existente na Constituição [a segunda emenda à Constituição dos EUA que garante aos cidadãos o direito de possuir armas de fogo] existe desde 1791. A realidade muda com o tempo e a legislação atual precisa ser adaptada às condições atuais. Os cidadãos dos EUA estão em constante estado de perigo. Anualmente, nos EUA dezenas de milhares de pessoas […] morrem devido a incidentes com o uso de armas de fogo […] Os norte-americanos são vítimas desde sistema e são incapazes de se libertar do estado institucional atual", concluiu Grigory Yarygin.