Os voos de teste estão sendo realizados conforme aos planos, frisou este. O especialista militar Vasily Kashin comentou para a Sputnik China a adoção do novo caça ao serviço do exército chinês.
"China virou a segunda nação, depois dos EUA, que passou a utilizar em seu exército um caça da quinta geração de sua própria produção. É um avanço significante, contudo, suas consequências reais para Força Aérea do Exército de Libertação Popular vão depender de um conjunto de fatores que não conhecemos muito bem."
Além disso, Kashin falou sobre a questão dos pontos fracos do avião chinês que não foram revelados durante os testes.
"Não podemos descartar que a China tenha tentado acelerar a entrada em serviço do avião perseguindo motivos de prestígio, e seu acabamento será realizado após o avião ser adotado ao serviço", sublinhou o analista, destacando que casos parecidos já tiveram lugar na história da Força Aérea chinesa quando, em 1997, a primeira série de bombardeiros JH-7 foi adotada ao serviço, mas depois a fabricação do avião foi suspensa e renovada apenas em 2004, com o surgimento de uma versão mais moderna, o JH-7A.
O analista frisa também que muitas capacidades dos caças da quinta geração, e que levam ao enorme aumento de seus custos, podem virar redundantes em guerras do futuro.
"A China aloca muitos recursos às tecnologias de combate a veículos aéreos furtivos, o que outros países também o fazem, por isso muitas tecnologias para criação de aparelhos stealth podem no futuro perder seu valor."
Concluindo, o analista ressaltou que, provavelmente, a China irá usar caças pesados da quarta geração (tais como J-11B e J-11D) para assegurar a defesa antiaérea do país e em ações em terrenos em que as capacidades de um avião da quinta geração serão excessivas.
"Porém, na fase inicial os chineses, aparentemente, farão experimentos com seu J-20, elaborando sua própria tática de aplicação de aviões furtivos e, ao mesmo tempo, criando novos métodos de combate contra aviões furtivos do inimigo", ressaltou Kashin.