Putin: ataque global contra Coreia do Norte é possível, mas resultado seria incerto

© Sputnik / Grigory SysoevPresidente russo Vladimir Putin durante sessão plenária do Fórum Econômico Oriental, 7 de setembro
Presidente russo Vladimir Putin durante sessão plenária do Fórum Econômico Oriental, 7 de setembro - Sputnik Brasil
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Um ataque global para desarmar a Coreia do Norte seria possível, mas seu resultado seria incerto, pois trata-se de um "Estado fechado", afirmou nesta quarta-feira o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

"Vamos ao ponto, afinal, alguém pode lançar um ataque de desarmamento global? De fato. Alcançará seus alvos? Não está claro porque ninguém sabe com certeza o que está onde", disse Putin no Fórum Internacional sobre Eficiência Energética de 2017.

O presidente russo acrescentou que não há "100% de conhecimento" sobre os armamentos da Coreia do Norte, pois é "um país fechado".

Enquanto isso, disse Putin, a reação coerciva contra Pyongyang e as tentativas de "falar sobre uma posição de força" só dão mais poder à liderança norte-coreana – um recado velado aos Estados Unidos. O líder russo exortou todos os lados a acalmar sua retórica e dialogar.

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"Todos os lados devem aliviar a retórica e encontrar formas de diálogo face a face entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, bem como entre a Coreia do Norte e os países da região", disse ele. "Somente isso ajudaria a encontrar decisões equilibradas e razoáveis".

"De qualquer forma, não é minha obrigação definir e avaliar as políticas do presidente dos Estados Unidos", acrescentou Putin.

Além disso, o presidente afirmou que a Rússia não pode permanecer muda na crise coreana, pois possui uma fronteira com a Coreia do Norte.

"Temos uma fronteira compartilhada e a faixa de testes nucleares norte-coreanos fica a 200 quilômetros da fronteira russa", acrescentou.

À medida que as tensões na Península da Coreia são altas, Moscou e Pequim sempre convidaram Washington e Pyongyang a abrirem caminho para conversas diretas. Anteriormente, a Rússia e a China sugeriram uma iniciativa de "congelamento duplo" para resfriar a crise.

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De acordo com a proposta conjunta, o Norte cessaria os testes nucleares e os lançamentos de mísseis e, em troca, os EUA e a Coreia do Sul suspenderiam exercícios militares conjuntos na região.

Os EUA se opuseram ao plano, dizendo que é "permitido" realizar exercícios com seus aliados e "isso simplesmente não vai mudar". Recentemente, os EUA recentemente anunciaram que na verdade não está realmente disposto a conversar com Pyongyang.

"Deixamos claro que agora não é hora de falar. As únicas conversas que ocorreriam teria como objetivo trazer de volta os americanos que foram detidos [em Pyongyang]", disse Sarah Sanders, porta-voz da Casa Branca, a jornalistas na terça-feira.

"Além disso, não haverá conversas com a Coreia do Norte neste momento", concluiu.

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