"Depois que a administração do ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, levantou a proibição do fornecimento de armas, a Arábia Saudita comprou 15.000 mísseis antitanque por US$ 1 bilhão […] detectamos essas armas anti-tanques na Síria em 2014, onde foram usados pelos terroristas contra o exército sírio", diz a nota ministerial.
De acordo com dados do departamento militar da Síria, os suprimentos para terroristas foram realizados através de vários canais com a ajuda de empresas da Europa Oriental ligadas aos serviços de segurança dos EUA ou da OTAN.
As armas, disse ele, foram entregues à Turquia ou à Arábia Saudita a partir de portos europeus ou a base aérea de Ramstein, sede das Forças Armadas dos EUA no território da Alemanha.
O ministério disse que o Daesh, a Frente al-Nusra e outros grupos terroristas receberam mísseis, rifles de assalto, metralhadoras, canhões anti-aéreos, até mesmo tanques em troca de petróleo extraído de poços capturados pelos terroristas na Síria e no Iraque.
Na segunda-feira, o chefe da Direcção de Operações do Exército Árabe Sírio, o general Ali al Ali, declarou que os fornecimentos de armas dos EUA para os rebeldes na Síria acabaram nas mãos do Daesh e da Frente al-Nusra.
De acordo com o general, os EUA enviaram aos grupos insurgentes na Síria 1.421 caminhões de armas e material de guerra entre 5 de junho e 15 de setembro.
Um funcionário do Pentágono disse à RIA Novosti que "essas declarações são absolutamente absurdas, não correspondem à realidade e representam uma campanha de propaganda da Rússia e o regime [sírio] destinada a desacreditar os EUA e a luta bem sucedida da coligação contra o Daesh na Síria".
A Síria vive um conflito armado desde março de 2011, em que as tropas governamentais enfrentam grupos de oposição armados e organizações terroristas.
As hostilidades causaram mais de 400 mil mortes, segundo estimativas do enviado especial da ONU, Staffan de Mistura.