Segundo o especialista militar, nos últimos dois anos a Coreia do Norte tem acelerado significativamente seus programas nuclear e de mísseis, enquanto os Estados Unidos e a Coreia do Sul aumentam as tensões efetuando exercícios militares conjuntos.
Além disso, ele sublinhou que as cargas nucleares que atualmente estão ao dispor da Coreia do Norte, usam-se não só para equipar bombas aéreas, que podem ser transportadas pelos bombardeiros de produção chinesa que Pyongyang possui, mas, a partir do fim de 2016, também equipam ogivas de mísseis balísticos.
"Em total, a Coreia do Norte pode produzir até sete ogivas nucleares por ano", indicou.
Entretanto, ele acrescentou que, com a nova usina atômica que começará a funcionar em 2018, já poderá produzir "até dez ogivas por ano".
No ponto de vista do especialista russo, Pyongyang conseguiu alcançar êxitos significativos nos últimos anos.
Entretanto, ele destacou que o país também está finalizando o desenvolvimento de novos mísseis da mesma classe: Hwasong-10 e Hwasong-12, que poderão entrar em serviço do exército norte-coreano nos anos 2018-2019. Já para não falar sobre o míssil Hwasong-14, cujos testes bem-sucedidos foram efetuados em julho deste ano.
Não obstante, existe outra esfera que representa um novo avanço alcançado pela Coreia do Norte — a criação de um submarino diesel capaz de transportar um ou dois mísseis nucleares a bordo que atualmente está na fase de testes, revela.
Ao levar em consideração todos esses dados, o ex-chefe do Estado-Maior das Tropas de Mísseis Estratégicos russas acredita que, no futuro próximo, as tropas estratégicas norte-coreanas possuirão todos os tipos de mísseis balísticos: desde mísseis balísticos táticos até mísseis balísticos intercontinentais.