"Hoje estão sendo expostas as armas que foram apreendidas dos combatentes algumas semanas atrás. Elas foram fornecidas ilegalmente aos terroristas de fora. Há mais de 100 unidades de armas ligeiras e lança-granadas de produção norte-americana, belga e francesa", disse Valid Hali, enquanto mostrava as armas apreendidas.
As armas em questão entram pelo mar no território sírio, em áreas não controladas pelo exército do país, acrescenta.
"Tal situação já foi observada anteriormente. Em particular, em relação a sistemas antitanque, encontramos uns de produção norte-americana. Quando as Forças Armadas da Turquia mostraram o fuzil de assalto M4, que caiu perto deles durante confrontos com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão no sudeste do país, nele estava escrito seu número de série. Ao analisar material arquivado, percebi que as armas do Daesh pertencem à mesma série", explicou à Sputnik Turquia Abdullah Agar.
"Sabe-se que o registro de armas ocidentais é um processo realizado muito cuidadosamente, por isso o fato de que estas armas serem encontradas entre membros de grupos terroristas mostra claramente de onde vem o apoio. Além disso, sabe-se do grau de influência sobre os grupos de várias instituições dos EUA que querem controlar as atividades dos radicais na região", especificou para a Sputnik Turquia Hakim el Zamili.
"Os EUA, 7 ou 8 anos atrás, comunicaram o desaparecimento de cerca de 300 unidades de armas no Iraque; isso foi feito para se defender das acusações sobre fornecimento de armas a terroristas. Como resultado, qualquer acusação quanto ao fornecimento de arma é automaticamente explicada por eles [EUA] através do desaparecimento das armas daquela época", declarou o ex-tenente-general da Força Aérea da Turquia, Erdogan Karakus.
De acordo com ele, após a entrada das tropas soviéticas no Afeganistão, o Ocidente prestou apoio às forças que formam a base de Al-Qaeda. Como resultado, percebeu-se um crescimento constante do terrorismo racial islâmico, visto hoje em dia na Síria, concluiu.