Tudo o que resta à Ucrânia é ameaçar a Marinha da Rússia com lanchas

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A mídia comunicou que a Marinha da Ucrânia planeja aplicar a tática de “alcateia de lobos” contra a Frota do Mar Negro da Rússia. Especialistas comentaram esta situação em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.

O canal ucraniano TSN informa que a Marinha da Ucrânia adotou a tática chamada de "alcateia de lobos" e planeja aplicá-la contra a Frota do Mar Negro da Rússia.

A essência dessa tática são ataques simultâneos realizados por várias lanchas blindadas leves. "'Alcateia de lobos' significa que seis [lanchas] são capazes de atacar um navio grande do inimigo. Este não será capaz de acompanhar vários alvos em simultâneo e atacá-los", afirmou o comandante de uma das lanchas blindadas, Aleksandr Regula.

"Em minha opinião, é necessário assegurarmos uma presença permanente de nossos navios com sistemas de mísseis. Nosso vizinho [a Rússia] está se sentindo confortável na parte noroeste do mar Negro. É preciso reduzir essas condições confortáveis", disse o chefe do Departamento de Treinamento Militar, Yuri Fedash.

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No cenário, os comandantes das lanchas blindadas expressaram sua prontidão de atacar torres de extração de gás russas no mar Negro, já que, de acordo com eles, os radares russos são incapazes de detectar uma "alcateia de lobos".

A Marinha ucraniana conta com quatro lanchas blindadas da classe Gurza-M de fabricação de um estaleiro que pertence ao presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko. O Ministério da Defesa publicou a encomenda de pelo menos mais dois de tais navios. Anteriormente, a mídia local comunicou sobre numerosas falhas no cumprimento de prazos de fornecimento dessas lanchas devido a falhas no projeto.

O termo "alcateia de lobos" é usado normalmente para descrever a tática de perseguição de navios por submarinos. Ela foi aplicada pelos submarinos alemães e norte-americanos durante a Segunda Guerra Mundial.

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O especialista militar, Aleksandr Pylaev, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, avaliou as perspectivas de aplicação dessa tática pela Marinha da Ucrânia.

"Lanchas blindadas pequenas não podem representar um perigo considerável para navios modernos equipados com mísseis. Mesmo os sistemas de mísseis antiaéreos universais são capazes de atingir alvos de superfície pequenos como essas lanchas. E no caso de uma lancha isso significaria sua destruição total. Quanto aos mísseis de cruzeiro, o gasto deles dá mesmo dó", assinalou Aleksandr Pylaev.

Ele explicou por que na Ucrânia falam da tática de "alcateia de lobos".

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"Já que a Ucrânia não dispõe de competências necessárias para criação de navios de combate modernos, eles têm que manter de algum jeito um espirito meio mítico em torno daquilo que têm. A criação de lanchas blindadas com armamento consistindo de artilharia leve e metralhadoras é o único que a indústria de construção naval, antigamente poderosa, é capaz de fazer nesse território. Assim, a divulgação de mitos implicando que as lanchinhas são capazes de representar algum perigo para a Marinha russa é o único o que os ucranianos ainda podem fazer no âmbito da loucura paranoica sobre a 'ameaça russa'", acredita Pylaev.

Outra analista russa, Maria Balyabina, acredita que, em caso de ataque, o máximo que as lanchas ucranianas podem fazer é arranhar um pouco o costado de um navio, acrescentando que será melhor que esta iniciativa tenha como objetivo exclusivamente a lavagem de dinheiro.

"Neste caso, gostaria de acreditar que tudo isto tivesse sido iniciado a fim de organizar um esquema de corrupção, em vez de ser para atacar nossos navios. Nas atuais relações entre os dois países há problemas suficientes mesmo sem estas provocações, ainda que signifiquem o fracasso para seus iniciadores."

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