Os EUA já não podem aspirar a dominar o mundo devido ao ressurgimento de outras potências, dizem os especialistas do país.
"As relações entre os Estados Unidos e outras potências podem ser entendidas como uma competição de longo prazo em que a Rússia e a China estão determinadas a mudar as regras regionais e internacionais para defender seus interesses, algo que também mina a influência dos EUA nas suas próprias áreas de influência", afirma o estudo.
Segundo os analistas do CSBA, a China e a Rússia podem acabar sendo superiores com o apoio de sua diplomacia, suas atividades econômicas e seus meios de comunicação.
Os EUA, presos no século XX
O exemplo disso foi naquela época a operação Tempestade no Deserto, na qual a coalizão dos Estados Unidos derrotou as forças armadas no Iraque. Mas essa abordagem está desatualizada há algum tempo, reconhecem os especialistas.
"As capacidades crescentes de outras grandes potências estão dizendo-nos que é hora de o Pentágono adaptar sua estratégia militar e começar contemplando outras, que já foram adotadas pela China e pela Rússia. Ambos os países são grandes potências com um arsenal nuclear considerável e capacidades econômicas e militares significativas", lê-se no relatório.
Os analistas de CSBA destacaram que a China e a Rússia são supostamente capazes de realizar "uma guerra de informação".
Eles também recomendam que o Pentágono se prepare para a guerra eletrônica e ciberataques. Analistas sublinham também que isso não exclui os conflitos militares tradicionais para os quais eles também devem estar preparados.
Recomendações para o Pentágono
Os especialistas do centro recomendam em seu relatório criar forças regionais na Europa e na região do Pacífico com o objetivo de permitir aos EUA uma escalada horizontal, ou seja, expandir-se geograficamente e não se concentrando em uma zona concreta como atualmente. As Forças Armadas dos EUA devem, nesse sentido, ser capazes de se deslocar mais rapidamente.
Os EUA devem também alcançar a supremacia aérea, fortalecer sua defesa antimísseis em seus navios para operações perto da costa e a das suas bases aéreas.