Ele adicionou que, impulsionadas pelas mudanças mundiais da época, Moscou e Pequim começaram a criar mais uma vez seus laços bilaterais, processo que vinha sendo realizado desde fim dos anos 80, e que, nos últimos anos, vem se fortalecendo muito rapidamente.
Para dar um exemplo, o vice-diretor do CIPI sublinhou que desde 2012, quando o presidente Vladimir Putin iniciou o seu terceiro mandato, até agora, ele teve 20 encontros com o secretário-geral do Partido Comunista da China, Xi Jinping.
Economicamente falando, ambas as partes possuem boas reservas de recursos naturais e uma alta produção de tecnologia.
"Nesta aliança, a complementaridade é muito importante, pois os produtos que tem um não competem com os do outro, fazendo com que precisem um do outro", adicionou o investigador.
Em particular, o chefe do Estado chinês mencionou como "prioridade urgente" levar a cabo adequadamente a cooperação de segurança com Moscou e insistiu que os dois países aproveitem ao máximo o mecanismo de cooperação existente para aumentar intercâmbios na esfera de segurança.
Na opinião de Pérez, as partes devem trabalhar com assiduidade para integrar a Iniciativa Um Cinturão e Uma Rota proposta pela China com a União Econômica Euroasiática, que é liderada pela Rússia, para fortalecer a coordenação em assuntos internacionais e regionais.
O avanço da aliança estratégica sino-russa no caminho do estabelecimento de um mundo multipolar é percebido através da expansão da Organização para Cooperação de Xangai que desde a sua criação em 2001, já agrupa oito membros: a China, Rússia, Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão, Tajiquistão, Índia e Paquistão.
Analistas acreditam que essa organização da Ásia Central é um contrapeso ao grupo já existente de sete economias mais desenvolvidas, o G7: Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Japão, que esgrime como braço político-militar na forma da OTAN.