Marc German, especialista em inteligência competitiva e diplomacia empresarial, disse à Sputnik França que Trump "declara abertamente o protecionismo da economia norte-americana".
"Entretanto, seu grito de guerra, que se resume ao slogan 'A América primeiro', de fato é o preâmbulo não escrito da Constituição dos EUA. Vemos isto já há dois séculos", sublinhou German.
Piton lembrou que "mesmo Barack Obama [antigo presidente dos EUA] encontrou uma forma de salvar a indústria automóvel" durante o seu mandato. Trata-se de medidas protecionistas, mas ninguém levou às mãos à cabeça naquele caso, explicou o advogado.
"Os norte-americanos sempre acreditaram que eles têm de defender sua soberania em uma série de setores. Não é um fenômeno novo. Os EUA sempre fizeram isso", disse ele.
German, por sua vez, lembrou que várias empresas europeias começaram fazendo fusões para conter a concorrência por parte das empresas norte-americanas.
"Há muitas décadas que é travada uma guerra econômica entre os EUA, que tentam conservar a unipolaridade mundial, e o resto do mundo, no qual começaram surgindo movimentos contrários, que estão resistindo aos norte-americanos", acrescentou German.
Anteriormente, o jornal francês Les Echos indicou uma série de indústrias estratégicas em relação às quais o presidente Donald Trump está pronto para desistir dos princípios de mercado de forma a proteger a economia nacional. Trata-se da produção de aço, alumínio, automóveis, navios, aviões e semicondutores.