"Além da Turquia, este tipo de armas existe na Europa. Até a crise ucraniana, quando as relações entre a Rússia e a OTAN ainda eram boas, era discutida a possibilidade de retirada das armas nucleares e limitação do uso de qualquer tipo destas armas. Mas, depois, a situação se alterou e a discussão da questão foi adiada. Nas condições de instabilidade na região e de aumento do raio de alcance dos mísseis balísticos, a presença de armas nucleares da OTAN no território da Turquia deve ser considerada em primeiro lugar como uma medida de segurança preventiva e de contenção", comunicou à Sputnik Turquia o especialista militar Nursin Atesoglu Guney.
Ele sublinhou que a Turquia assinou o Tratado de Proibição de Armas Nucleares e interditou a instalação de qualquer tipo de armas nucleares, além das armas da OTAN, no seu território. Existem determinados princípios no que tange ao uso de tais tipos de armas, por isso, de acordo com ele, a presença de armamentos nucleares na Turquia não deve preocupar os cidadãos.
"Desde os tempos da Guerra Fria que os EUA consideram a Turquia como um dos principais campos de operações militares para a realização da sua estratégia antirrussa. A base de Incirlik é importante para os EUA devido à sua posição estratégica e geográfica. Assim era no período da Guerra Fria e continua sendo hoje em dia", sublinhou ele.
De acordo com Ali Guller, as bombas nucleares deslocadas na base de Incirlik são um instrumento adicional que pode ser utilizado em um ataque contra outro país no caso de necessidade. A existência de uma norma segundo a qual as bombas implantadas em Incirlik só podem ser lançadas por caças norte-americanos F-15 e F-16 confirma esta hipótese.