Qualquer invasão da Coreia do Norte exige a análise destas realidades geográficas, acrescenta Kyle Mizokami em seu artigo para o The National Interest. O exército de 1,2 milhões de pessoas consiste de 19 unidades militares, incluindo 19 subdivisões de infantaria, 4 subdivisões das tropas mecanizadas, uma subdivisão das forças armadas, uma da artilharia, o Comando da Defesa de Pyongyang, o Departamento de Orientação de Mísseis e o Departamento de Orientação de Infantaria Ligeira. Mais da metade das forças, especialmente a artilharia e as tropas mecanizadas se deslocam perto da zona desmilitarizada, fazendo o cenário de um possível ataque à fronteira não muito privilegiado.
A conquista de Pyongyang semeará pânico entre as forças norte-coreanas ao longo da fronteira, que percebendo que estão separados do seu comando vão alegadamente se deslocar para o norte.
As Forças Aéreas dos EUA e da Coreia do Sul atacarão colunas mecanizadas. Isso, de acordo com o autor, possa ser a maior oportunidade para destruir um número grande de forças norte-coreanas.
Com a retirada das forças norte-coreanas da zona desmilitarizada, o exército norte-americano e os soldados sul-coreanos podem projetar um ataque à fronteira, para tentar se juntar aos marinheiros que já estarão agindo no território da Coreia do Norte. Ao mesmo tempo, as forças especiais dos EUA e da Coreia do Sul podem lançar várias operações contra as instalações com armas biológicas, químicas e nucleares para não permitir a utilização delas.
O cenário de invasão terrestre prevê vários objetivos principais, sublinha Kyle Mizokami. O primeiro e mais importante, é neutralizar o regime de Kim Jong-un e as armas nucleares e químicas. O segundo é vencer sobre as forças norte-coreanas para não permitir que eles se convertam em uma força insurgente como Feyadeen Saddam no Iraque. O terceiro objetivo é que ambos os países devem entrar para as cidades para não permitir uma catástrofe humanitária.
Uma guerra terrestre com a Coreia do Norte será uma operação extremamente complicada com perdas civis e militares de ambas as partes do conflito. De fato, afirma Mizokami, esta operação pode se transformar em um conflito com o envolvimento de ataques de mísseis contra Guam, Japão e Coreia do Sul. Os EUA enfrentarão um risco enorme. Apesar do fato que a vantagem tecnológica dos EUA garantirá a dominância das suas forças no campo de batalha, os EUA terão pouco espaço para erros.