Daesh abandona Síria, mas para onde se dirigirão os terroristas?

© AFP 2023 / George OurfalianArtilharia do Exército sírio durante luta contra terroristas do Daesh
Artilharia do Exército sírio durante luta contra terroristas do Daesh - Sputnik Brasil
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As forças governamentais sírias retomaram o controle da cidade de Abu Kemal, assim destruindo o último e maior bastião do Daesh no país. No entanto, isso traz simplificação e complicação na luta contra o terrorismo na região, opina o especialista político, Stanislav Tarasov.

O Exército sírio libertou a cidade de Abu Kemal na província de Deir ez-Zor, onde estava localizado o último bastião do Daesh na região, segundo informou um comandante das tropas sírias.

Agora, os militares estão limpando as minas deixadas pelos terroristas.

Segundo indica o representante do comando sírio, as tropas governamentais sírias realizam ofensivas firmes enquanto as forças aliadas também avançam desde a província de Homs. Isso faz com que os terroristas fujam para a margem oriental do Eufrates.

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Nesse contexto, a situação na região quanto à luta contra o terrorismo torna-se mais fácil e mais difícil simultaneamente. Tal opinião foi expressa pelo especialista em problemas dos países do Oriente Médio e Cáucaso, Stanislav Tarasov, ao serviço russo da Rádio Sputnik.

"Tais êxitos na Síria são esperados — são as atividades da coalizão internacional, as ações ativas da Rússia, seus parceiros e aliados. De fato, o Daesh [organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países] está abandonando a Síria", constatou.

Ao mesmo tempo, ele indica que nem todas as questões são respondidas: "para onde fugiram os terroristas? ".

"Os norte-americanos ajudam comandantes do Daesh a se moverem para outros países, como Afeganistão e Iêmen; uma parte das forças [terroristas] é deslocada para o território do Iraque", responde Tarasov.

Em sua opinião, isso significa que "o Daesh continua sendo utilizado como meio de pressão sobre os regimes indesejáveis dos EUA na regiao".

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Ao descrever as mudanças que afetarão a Síria, o especialista político destacou que "o Daesh é substituído por novas forças, e assim a situação não se simplifica". Em vez disso, o processo contrário é observado — "torna-se mais complicada em algumas direções".

"Por exemplo, uma grande batalha dos curdos sírios em prol de sua autonomia já está no horizonte ", sublinhou.

"Assim, a situação na região ainda não é encorajadora — por um lado, simplifica-se, mas por outro lado, agrava-se", concluiu.

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