"Embora as medidas para adaptar as capacidades militares da OTAN se expliquem pela necessidade de conter as ameaças de todas as frentes, não se pode ignorar que, supostamente, estes esforços buscam enfrentar a Rússia", disse ele aos jornalistas em Bruxelas.
Adicionou que as consequências destes passos dependem da versão final das decisões que serão aprovadas na sessão dos ministros da Defesa dos países-membros da OTAN em fevereiro de 2018.
"Claro que hoje é óbvio que, elaborando tais decisões e considerando as opções do aumento posterior da presença militar da aliança, incluindo o flanco oriental, a OTAN se inspirou com planos da guerra fria", destacou o embaixador russo na aliança.
Na quarta-feira (8) passada, os ministros da defesa da OTAN concordaram sobre o plano para uma estrutura de comando flexível do órgão que supõe criar duas unidades de comando, uma para o Atlântico a fim de garantir as vias de comunicação seguras e livres entre a Europa e América do Norte, e outra para melhorar o movimento das forças militares na Europa.
Além disso, os ministros decidiram criar um centro de operações cibernéticas e integrar as capacidades cibernéticas nacionais nas operações da OTAN, preservando estes recursos de propriedade dos Estados-membros.