Japão já planeja como lidar com os possíveis refugiados norte-coreanos em caso de conflito

© REUTERS / Issei KatoUma televisão instalada em uma rua de Tóquio mostra o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, no dia em que Pyongyang lançou um míssil em direção ao Japão
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Um jornal japonês descobriu um plano detalhando o que Tóquio faria com os inúmeros refugiados da Coreia do Norte resultantes de uma crise militar na península coreana. A estratégia é restritiva: envolve centros de detenção de emergência, quarentena e interrogatórios para erradicar espiões e terroristas.

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Cerca de 600 milhas de águas separam o Japão da Península da Coreia e uma guerra poderia poderia preencher o mar com refugiados da Coreia do Norte tentando fugir do conflito. Se isso acontecesse, a Guarda Costeira japonesa protegeria os norte-coreanos em fuga e os levaria para as cidades portuárias para triagem.

Aqueles considerados ameaças potenciais seriam expulsos, informou o Yomiuri Shimbun — embora não tenha dito para onde. Os permitidos no Japão seriam transferidos para "centros de detenção de emergência" e mantidos até que Tóquio decidisse o que fazer com eles.

Autoridades já se manifestaram

O porta-voz do Departamento de Imigração do Ministério da Justiça, Junji Ito disse que o governo japonês estava considerando uma variedade de opções para o caso de ser invadido por uma onda imigratória.

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O vice-primeiro-ministro Taro Aso, que anteriormente foi o centro de uma grande polêmica após dizer que "Hitler estava certo", também se manifestou em setembro sobre o assunto. Ele lançou a possibilidade de simplesmente matar refugiados.

"Eles poderiam ser refugiados armados. A resposta seria da polícia ou das operações de defesa pelas Forças de autodefesa? Será que eles serão baleados? Devemos pensar seriamente sobre o assunto".

O Japão já esteve envolvido em grandes crises de refugiados nas últimas décadas, como com a fuga de cambojanos, vietnamitas e laocianos após guerra no Sudeste Asiático entre 1975 e 1995. Em janeiro, a Human Rights Watch (HRW) acusou o Japão de "não mostrar liderança ética global em direitos humanos", criticando Tóquio por se recusar a aceitar refugiados em lugares como a Síria e raramente conceder status de refugiado aos requerentes de asilo.
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