A organização, que visa garantir o cumprimento dos direitos humanos em todo o mundo, solicitou que país asiático abandone a "invasiva" prática, realizada há décadas.
"O presidente indonésio, Joko Widodo, deve ordenar a proibição imediata de chamadas 'provas de virgindade' das candidatas", anunciou a HRW, destacando que a "prova de dois dedos" primitiva — praticada para determinar se o hímen das candidatas está intacto — não é somente "doloroso, vergonhoso e traumático", mas tampouco "tem fundamento científico".
Ao mesmo tempo, a Organização Mundial da Saúde qualifica as "provas de virgindade" como uma das formas de violência sexual.
O contingente militar tem noção sobre os exames vergonhosos, mas não pode lidar com o problema, indica à HRW um médico militar local, explicando que "exército é uma organização hierárquica. Temos que seguir as ordens".
Militares de alto escalão das Forças Armadas do país, por sua vez, insistem que tais "exames" lhes permitem separar "mulheres amorais" que, em sua opinião, não merecem servir o exército.
No entanto, segundo informação publicada pela BBC, não só candidatas ao serviço militar são sujeitas a essas provas, mas também as noivas de oficiais antes da Lua de Mel.
Mas não para por aí, em 2015, as autoridades locais de uma região da ilha de Java tentaram introduzir as mesmas provas de virgindade em estudantes do Ensino Secundário.
O plano previa dar Certificado Geral do Ensino Secundário (GCSE) somente às estudantes que passassem nos testes de virgindade.
Depois de vários protestos, os planos foram cancelados.