De acordo com o serviço de imprensa do Kremlin, o presidente russo fez a declaração na última quarta-feira em uma conferência com altos funcionários do Ministério da Defesa e altos dirigentes das principais empresas de defesa.
"Gostaria de notar que a capacidade de qualquer economia aumentar rapidamente a produção de produtos e serviços de defesa quando for necessária é uma das condições mais importantes da segurança militar da nação. Todas as empresas estratégicas e grandes devem estar prontas para isso", disse Putin.
O presidente russo acrescentou que ele e altos funcionários da defesa já discutiram o problema em 2015 e 2016, e pediram que os participantes da reunião informassem sobre quais problemas dos anos anteriores foram tratados e quais ainda seguem em aberto.
A conferência referiu-se aos resultados dos exercícios militares Zapad 2017, realizados pelas Forças Armadas russas e bielorrussas em setembro. A Rússia enviou cerca de 3.000 soldados para a vizinha Bielorrússia, onde treinaram em seis locais, juntamente com 7.000 soldados e oficiais do país anfitrião. A Rússia aceitou tropas bielorrussas em três dos seus próprios locais militares.
Menos de 13.000 soldados participaram do exercício no total, segundo dados dos ministérios da Defesa da Rússia e da Bielorrússia. Cerca de 70 aeronaves, 680 veículos blindados, incluindo 250 tanques, 200 armas de artilharia e 10 navios de guerra, foram implantados pelos dois países.
A declaração de Putin acontece no momento em que as relações entre a Rússia e os Estados Unidos atingiram o pior grau desde o fim da Guerra Fria, e as tensões envolvendo Estados que compõem a OTAN – e que fazem fronteira com o país – vêm aumentando nos últimos meses.