"Fica a impressão que tudo foi feito propositalmente para Kim Jong-un perder sua paciência e se atrever a empreender mais uma ação precipitada", frisou o ministro.
Ele explicou que, em setembro, os EUA sugeriram que as próximas manobras seriam realizadas somente na primavera, que Pyongyang poderia aproveitar esta pausa e também "não fazer nenhumas ações bruscas" e que essa situação poderia criar uma base para tentar estabelecer o diálogo.
"Ficamos esperançados com esta atitude, mas de súbito, em outubro, eles realizaram manobras extraordinárias, e depois [realizaram outras] em novembro, e já anunciaram que em dezembro realizarão também", afirmou o chefe do Ministério das Relações Exteriores em entrevista aos jornalistas.
Lavrov acrescentou que os estadunidenses devem "explicar a todos nós o que eles procuram atingir". Caso os EUA busquem um pretexto para a destruição da Coreia do Norte, então têm que dizer isso abertamente, acredita Lavrov. "Então decidiremos quanto à nossa reação", assinalou ele.
Anteriormente, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que Washington imporá novas restrições a Pyongyang em resposta a mais um teste de míssil. Os EUA apelaram também ao bloqueio da Coreia do Norte.
Na madrugada desta quarta-feira (30), a Coreia do Norte lançou o míssil Hwasong-15, que percorreu uma distância de 950 quilômetros e caiu a 210 quilômetros do litoral do Japão.
Pyongyang afirmou que, a partir de agora, já possui um meio capaz de lançar uma carga nuclear até qualquer ponto dos EUA. Muitos países, incluindo a Rússia, condenaram as ações da Coreia do Norte.