Segundo a agência sul-coreana Yonhap, nos exercícios Vigilant ACE será usado o bombardeiro B-1 Lancer da Força Aérea dos EUA, seis aviões de combate norte-americanos EA-18G Growler, cerca de dez caças F-15 e o mesmo número de F-16.
Segundo declarou o Ministério da Defesa da Coreia do Sul, os exercícios visam demonstrar a vontade e capacidades de Washington e Seul de reagir às "provocações da Coreia do Norte" com os lançamentos de mísseis balísticos.
Em 29 de novembro, a Coreia do Norte lançou com sucesso o míssil balístico intercontinental Hwasong-15 capaz de atingir o alvo a 13 quilômetros de distância e, consecutivamente, cobrir todo o território dos EUA.
Segundo comunicou a edição do Ministério da Defesa da Coreia do Sul Kukpan Ilbo, durante audiências no parlamento do país, militares declararam que as manobras, que serão finalizadas no dia 8 de dezembro, contarão com caças norte-americanos F-22 e F-35A para treinar destruição de lançadores móveis de mísseis e artilharia da Coreia do Norte, bem como desembarque em território do inimigo.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista do Centro de Conjuntura Estratégica, Oleg Ponomarenko, destacou que justamente estes exercícios podem vir a provocar conflito militar. Estados Unidos estão ultrapassando limites para enfraquecer a Coreia do Norte, acredita o especialista.
Por enquanto, parece uma "brincadeira com armas". "Mas o perigo é evidente: pode resultar em algo como nas guerras mundiais, ninguém esperava, mas acabaram acontecendo. Essa probabilidade está sempre presente, ainda mais agora com 'o grau' altíssimo de tensão na região."
Mesmo assim, Ponomarenko considera que, por enquanto, tudo permanecerá sem mudanças drásticas, sendo tal realidade nada otimista. "E o racionalismo dos EUA e Coreia do Sul: brandindo armas, eles se encontram em uma situação mais vantajosa – gastar em metas militares favorece somente eles, de antemão pode deixar Coreia do Norte exausta", concluiu Oleg Ponomarenko.