É possível que o país esteja desenvolvendo seus próprios submarinos e mísseis balísticos lançados a partir de submarinos (SLBM, na sigla em inglês).
Segundo os especialistas que estudaram as recentes imagens de satélite dos estaleiros navais norte-coreanos, o país asiático pode estar preparando um novo ensaio dessa tecnologia.
Se o país começar a projetar submarinos e mísseis, seus possíveis ataques representam uma ameaça mais significativa, de acordo com o analista militar norte-americano Joseph S. Bermúdez Jr. citado pelo CNBC.
O especialista acrescenta que as imagens de satélite mostram que a barcaça de mísseis de teste estava se preparando para entrar em serviço no estaleiro de Nampo da Marinha norte-coreana.
"Uma vez em serviço, esta barcaça ajudará a começar os ensaios do míssil balístico lançado a partir de submarinos para aumentar a capacidade da frota norte-coreana", avaliou Bermúdez.
Bermúdez explica que a barcaça de teste é utilizada para simular as armas que poderiam estar dentro do submarino, devido a que é considerado muito perigoso e caro fazer os primeiros testes no interior de um submarino real.
Em 2016, o exército norte-coreano realizou alguns testes com a tecnologia SLBM, durante os quais um dos mísseis voou pelo menos 500 quilômetros. É possível que Pyongyang esteja construindo um submarino mais potente e capaz de lançar vários mísseis de uma vez.
Apesar de a tecnologia norte-coreana não estar plenamente desenvolvida, o cenário atual pode se tornar um problema para a Coreia do Sul e Japão, já que os submarinos têm a possibilidade de passar despercebidos pelos sistemas de defesa mais sofisticados.
Além disso, os especialistas não descartam que os submarinos norte-coreanos possam ser capazes de se aproximar até das costas dos EUA.
"O maior problema dos Estados Unidos relacionado com o possível lançamento de um míssil nuclear norte-coreano consiste em que é impossível evitar um ataque atômico se não se sabe de onde vem. É por isso que os norte-coreanos tentam elaborar lançadores móveis e submarinos de mísseis balísticos", explica o especialista militar Loren Thompson.
No entanto, Thompson destaca que a construção de um submarino desse tipo, que seja capaz de funcionar plenamente, é um desafio de grande complexidade para a indústria militar da Coreia do Norte.