O congressista do estado da Pensilvânia (EUA), Brendan Boyle, apresentou ao Congresso o projeto de lei que supõe a criação de "construções fortificadas subterrâneas" na Síria.
O político norte-americano não indica quem é responsável pelos ataques, mas acusa a Rússia e Síria de atacar médicos que operam no país. No entanto, o documento apresentado por ele não contém nenhuma prova dessas acusações.
O especialista em ciências políticas, Vladimir Fitin, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, opinou que a proposta de Boyle assinala que após a derrota do Daesh (organização terrorista proibida na Síria e em vários outros países) na Síria, as tropas norte-americanas ainda não vão abandonar o país árabe.
"No momento, o confronto militar na Síria está se aproximando do fim, todas as principais cidades estão controladas pelo governo do presidente do país, Bashar Assad. De fato, no país têm ocorrido somente confrontos locais. E as preocupações que os EUA expressaram agora sobre o destino dos médicos no país, surpreendem", frisou o especialista.
O analista acredita que as declarações dos EUA quanto à construção de bunkers, não tenham como objetivo a proteção de médicos e voluntários, mas os norte-americanos disfarçam sua meta principal.
"Trata-se da busca de oportunidades para a preservação, em uma perspectiva de longo prazo, da presença norte-americana na Síria […] Vale recordar que o secretário de Defesa dos EUA, [James] Mattis afirmou recentemente que as tropas estadunidenses não iriam abandonar a Síria até a eliminação do último combatente do Daesh. Sendo assim, seu objetivo principal é preservar sua presença na Síria, utilizando quaisquer pretextos", ressaltou Vladimir Fitin.