A ausência da Rússia nos Jogos seria um golpe para o conceito de Olimpíadas da Paz promovido pelo presidente sul-coreano, Moon Jae-in, que acredita que o apoio da Rússia, detentora de laços estreitos com Pyongyang, é indispensável.
De acordo com a mídia sul-coreana, Moon teme que, se os russos não aparecerem, o Kremlin terá menos motivos para persuadir os norte-coreanos a viajarem a Pyeongchang.
Ainda assim, impulsionado pelo acordo de Moscou para permitir que seus atletas participem dos Jogos como "neutros", o presidente sul-coreano instruiu o Ministério das Relações Exteriores a realizar uma série de consultas a portas fechadas com funcionários russos com a promessa de prestar assistência a atletas russos que decidam participar dos Jogos.
Seul também planeja transmitir ao COI a ideia de que as Olimpíadas em Pyeongchang são importantes para a causa da paz e espera que o COI encontre opções alternativas para oferecer à Rússia.
EUA e risco de guerra
Seul espera que o adiamento dos exercícios de guerra conjuntos planejados com os EUA evite qualquer resposta agressiva de Pyongyang, Washington, por outro lado, teme que no momento em que os Jogos começarem, a Coreia do Norte já tenha capacidade nuclear total que obrigue os EUA a responderem militarmente, comprometendo assim a segurança de seus atletas.
A Coreia do Sul esteja trabalhando duro para aprimorar os laços com o Norte e exortar outros países a persuadir Pyongyang a autorizar a participação dos atletas norte-coreanos nos Jogos.
Última chance
Quanto a Moscou, as chances de participação de Putin são escassas, a menos que a equipe russa possa marchar sob a bandeira nacional na Cerimônia de Encerramento como prometido.