O documento assegura que Moscou está tentando "mudar" os padrões de segurança europeus em ambas as regiões, bem como fazer com que a crise nas relações com a União Europeia atinja a "esfera militar". Deste modo, os autores do relatório frisam que a Rússia usa a região de Kaliningrado para "ameaçar os países do Báltico", e a Crimeia — para ter um "bastião de resistência" no mar Negro.
"As ações do Kremlin em ambas as áreasmostram planos políticos e táticos semelhantes. Principalmente, trata-se da militarização da região do Kaliningrado e da Crimeia como um ponto central da estratégia russa para demonstrar suas capacidades militares aos países da OTAN e da UE", adianta-se na análise.
A Rússia tem muitas vezes assinalado que o reforço da proteção das suas fronteiras ocidentais é uma resposta adequada à instalação dos sistemas da defesa antimíssil na Europa. Deste modo, o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, esclareceu que a instalação dos sistemas de mísseis em Kaliningrado foi motivada pela necessidade de defender as fronteiras russas da expansão por parte da OTAN.