"Embora a capacidade de Pyongyang de construir mísseis balísticos para ser lançados de submarinos esteja em estágio inicial, isso não significa que se deva excluir a possibilidade de que o país acabe por construir, em algum dia, um míssil capaz de se esconder sob as vastas águas do oceano Pacífico", adverte Asia Times.
E se Kim Jong-un pôr as mãos em um submarino nuclear?
Também é possível que Pyongyang possa desenvolver submarinos nucleares. O país já calou vozes ocidentais que acreditavam ser impossível o desenvolvimento de míssil balístico intercontinental pelos norte-coreanos. E aí está. Pelo mesmo caminho segue a sua frota de submarinos, que continua avançando, diz o jornal.
Apesar de os submarinos nucleares serem muito mais caros e difíceis de construir do que navios diesel-elétricos convencionais, eles são também mais rápidos e potentes.
Asia Times também citou as palavras de Richard Bitzinger, coordenador do Programa de Transformações Militares, do Instituto de Estudos Internacionais de S. Rajaratnam (Índia):
"Isso demoraria décadas. Instalar em um submarino reatores nucleares que sejam seguros e pequenos é realmente complicado."
O professor adverte que Pyongyang só seria capaz de colocar mísseis balísticos em submarinos a diesel, como parece que estão fazendo. Os sistemas de propulsão a diesel avançados são suficientemente furtivos e podem percorrer longas distâncias, de acordo com Bitzinger. "Sobretudo os que trazem as novas baterias de lítio", acrescenta.
Em que fase está agora Pyongyang?
Asia Times lembra que o último teste norte-coreano com um míssil balístico a bordo de um submarino aconteceu em agosto de 2016 e foi, aparentemente, realizado com sucesso. Os detalhes sobre o lançamento do Pukkuksong 1 não são bem conhecidos, mas tudo indica que sua faixa de alcance é de 500 km e continua aumentando, pois o site 38 North, especializado no país asiático, aponta que o programa da Coreia do Norte segue firme e forte.
Se a tensão entre os coreanos e a tríade formada por americanos, sul-coreanos e japoneses continuar elevada, um "presente" de Pyongyang pode vir a ser enviado para um inimigo, desta vez sob o oceano, afirmam especialistas.