Segundo a publicação New Yorker, que cita fontes norte-americanas e europeias, os EUA podem concordar com o fato de o presidente Assad ficar no poder até 2021. Esta informação, se for confirmada, está em completa discordância com as declarações anteriores das autoridades norte-americanas.
O especialista em assuntos das Américas comentou a publicação no ar do serviço russo da Rádio Sputnik.
"Os EUA simplesmente se resignaram a ter Assad como líder de um país que eles não podem mudar, como o fizeram em outros países. Eles [EUA] têm seus próprios interesses que são bem explicáveis do ponto de vista dos Estados Unidos", explicou Grigory Yarygin.
Para ele, Washington entende que não pode mudar isso, o que significa que os EUA terão que interagir com um governo sírio liderado por Assad.
No entanto, Yarygin considera que, em perspectiva de longo prazo, a postura dos EUA mudará de novo e eles voltarão a pensar que Assad terá de ser afastado do poder.
Isto significa, prosseguiu, que Washington ainda considera a mudança de poder na Síria como sua maior prioridade. E por isso os conselheiros vão ficar lá, os conselheiros que vão apoiar a oposição, qualquer que ela seja, e vão criar sua própria ordem, resumiu.
Na segunda-feira (11), o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a retirada da maior parte do contingente russo da Síria devido ao término da operação contra o Daesh (organização terrorista, proibida na Rússia).
A representante da Casa Branca, Sarah Sanders, declarou que os EUA continuarão combatendo o terrorismo no Iraque e Síria para não permitir o renascimento do Daesh e garantir a segurança dos cidadãos norte-americanos.