"Israel é um país de ocupação e terror. O governo israelense tortura pessoas desarmadas", disse o presidente mostrando a foto de um adolescente palestino com olhos fechados, cercado por militares de Israel.
Ele propôs também reconhecer Jerusalém como capital da Palestina.
"Destruindo as normas internacionais, os EUA reconheceram Jerusalém como a capital de Israel. Basta dar alguns passos na cidade para perceber que Jerusalém se encontra ocupada. Israel é um Estado terrorista. Os terroristas-militares jogam crianças em prisões. Estou apelando para reconhecer Jerusalém como capital do Estado ocupado da Palestina", declarou Erdogan.
"Creio que os 196 países-membros da ONU apresentarão sua posição certa. Os EUA podem ser uma potência nuclear forte. Mas não lhes pertence todo o mundo", acrescentou o líder turco.
Da Cúpula da OCI participam os representantes de 48 países, entre eles 16 são apresentados pelos líderes dos Estados. A cúpula será concluída com a publicação da declaração final sobre a resposta à decisão dos EUA sobre Jerusalém.
Dmitry Peskov, porta-voz do presidente da Rússia, declarou, por sua vez, que a posição do Kremlin não coincide com a da Turquia.
"Conhecemos essa posição, mas ela não coincide com a nossa", declarou Peskov, comentando a declaração de Erdogan.
Em 1980, Israel declarou Jerusalém sua capital "única e indivisível", incluindo a parte oriental da cidade, ocupada em 1967 depois do fim da Guerra dos Seis Dias. Os palestinos, por sua vez, consideram Jerusalém Oriental como a capital de seu país.
O status da cidade se tornou um dos problemas centrais do conflito palestino-israelense, que deveria ser resolvido juntamente com os palestinos. Por isso, todas as embaixadas estrangeiras em Israel se encontram em Tel Aviv.
O líder norte-americano, porém, já autorizou a transferência da embaixada norte-americana de Tel Aviv para Jerusalém. A declaração provocou e continua provocando enormes protestos entre os palestinos.