Terroristas, norte-coreanos e balcânicos: EUA indicam as maiores ameaças

© AP Photo / Visar KryeziuMilitares dos EUA durante treinamentos na base militar Camp Bondsteel no Kosovo, foto de arquivo
Militares dos EUA durante treinamentos na base militar Camp Bondsteel no Kosovo, foto de arquivo - Sputnik Brasil
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Conselho dos EUA para Relações Exteriores apresentou a lista tradicional das ameaças para o próximo ano. Na primeira e segunda categoria entraram, como era esperado, Coreia do Norte, Síria, Afeganistão, relações Rússia-OTAN, Ucrânia e assim por diante.

Mas a terceira categoria virou novidade: na lista se encontraram, junto com Líbia, Sudão do Sul e Zimbábue, os Bálcãs.

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Especialista americano que se dedica a estudos sobre os Bálcãs comentou esse ranking para o canal N1 da Bósnia e Herzegovina. Falando do assunto, ele explicou que a terceira categoria significa que os EUA têm problemas mais sérios, mas os Bálcãs se encontraram na lista pela primeira vez em muitos anos, o que não deverá assustar os balcânicos mais do que eles já estão assustados.

Professor do Instituto de Pesquisas Políticas de Belgrado, Milomir Stepic, falando com a Sputnik Sérvia, disse:

"Não tem que subestimar o significado dos Bálcãs, eles sempre foram e continuam sendo uma região muito importante. É um palco de confrontos de interesses das potências mundiais, e como a elas se juntou recentemente a China, o nó ficou ainda mais embrulhado. Ninguém sai dos Bálcãs, aqui apenas entram novos jogadores", explicou.

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Nesta situação, prosseguiu, tem de existir sempre uma força que tenha posição dominante. Os EUA querem manter essa posição porque se a perderem nos Bálcãs eles colocarão em dúvida suas posições no Mediterrâneo, no mar Negro, tal como em todo o sul da Europa.

Segundo o professor, há que recordar que as relações entre a Turquia e EUA mudaram significativamente, isso é importante, porque Ancara tem muita influência na estabilidade tanto nos Bálcãs, quanto no Oriente Médio. Para Stepic, a iniciativa dos EUA para reforçar suas posições é bem explicável.

"Enquanto na base militar dos EUA no Kosovo houver pelo menos um militar, eles vão conseguir isso. E como há militares norte-americanos não apenas no Kosovo, mas também na Macedônia, Albânia e Bósnia e Herzegovina, se eles [EUA] se sentirem ameaçados, poderão sem problemas aumentar sua presença nos Bálcãs até o ponto que acharem necessário", advertiu.

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Ele referiu que os Bálcãs são frequentemente chamados de sismógrafo mais preciso para registrar os "terremotos" geopolíticos, pois os primeiros "tremores" dos confrontos entre as potências mundiais são evidenciados precisamente aqui.

"Os EUA deixaram tantos pontos 'potencialmente explosivos' que até um conflito local pode se tornar maior e se espalhar por toda a região. Assim, Washington enviará mais uma vez mediadores para eliminar o caos e, claro, ficar novamente", concluiu.

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